O meu maior amor é aquele em que eu não posso “tocar”.
Talvez por isso seja o meu maior amor.
Um amor incondicional,algo espiritual.
Que na presença não existe, mas ele é tão vivo como se existisse.
E esse amor nasceu no primeiro olhar, naquele sorriso que só ele sabe dar, mas não posso negar, momentos felizes vivemos, aqueles momentos em que não tinhamos vontade de partir.
Mesmo indo embora sem saber se eu voltaria, saí com o sorriso no rosto, partindo para conhecer o mundo.
O ruim era a saudade, saudade do não saber,se ele pensava em mim ,se ele ainda ia aos mesmos lugares, como ia seu trabalho, se havia realizado seus sonhos.
A saudade do não saber é a pior saudade que se pode ter, de não saber se outro alguém se aproximava, se ele por ela se apaixonava.
Mas sempre foi assim, esse amor calado que algumas vezes tentei expressar, que algumas vezes tentei realizar, que algumas vezes tentei esquecer.
O triste é amar sozinho,um amor que é só seu sem que você possa doar, não adianta querer transferi-lo (para alguém que talvez mereça até mais), o amor não aceita reenvio mesmo que o destinatário esteja ausente ou tenha mudado de endereço.
O amor é assim, ele não precisa de alimento ou cultivo, ele acontece ou não, sem hora ou local determinado e geralmente pela pessoa que você nunca pensou que amaria, por aquele cara que menos te merecia.
O meu amor é esse cara que não me merece, que o amor desconhece, um cara que procura a perfeição e nem olha para seus defeitos (e ele tem muitos) e mesmo assim eu ainda o amo.
O meu amor é esse cara que desejos um dia me deu, que por anos me escolheu, mas de mim não fez o seu amor, já me quis mas hoje não mais, não quer enxergar o que sou, mas por alguns momentos em meu peito se aconchegou, em minha frente e até por mim já chorou, mas todas aquelas lagrimas que um dia eu vi rolarem de seu rosto, hoje são lagrimas que derramo por um amor que não pode se realizar.